quinta-feira, setembro 30, 2004

Escrever (lê-se: enrolar)

De vez em quando eu pergunto pro meus amigos no MSN:
- Eu to sem idéia para escrever no blog, já tem muitas coisas sem graça lá ! I need help...
E sempre respondem (é um padrão):
- Sobre o que você quer escrever?!
Porr*, se eu soubesse, não perguntaria. E eu digo educadamente:
- Kcta! Fala qualquer merd* que eu dou meu jeito.
E eles falam:
- Ahhh, não tenho idéias...

Pows, nem eu. Então decidi enrolar, sabe como é, entreter você com textos sem sentido, sem fundo lógico ou moral (é o que eu sei fazer de melhor - lê-se: merda). Primeiro, começo pensando em um assunto, e me pego tentando escrever alguma coisa sobre meus sentimentos. Escrevo, escrevo, escrevo, e depois apago tudo, acho que está muito forte ou eu que não me expressei bem. Então tento fazer um texto no-sense, escrevo, escrevo, escrevo, e depois apago tudo; é tão non-sense que até eu mesmo não entendi.
Daí, vou para os livros, pego um bom tema, um ótimo tema para falar a verdade, escrevo, escrevo, escrevo, gosto do que escrevi e deixo gravado no meu pc para arrumar depois, e não posto.
Então, tento escrever sobre o meu dia: como foi hoje, como foi ontem, ou o que aconteceu de interessante comigo na minha vida. Escrevo, escrevo, escrevo, se ficou bem, vai pra pasta de textos, se ficou ruim, apago. É terrível, tenho tanto texto que posso escrever um livro, mas nããão, tenho medo de postar. E acabo escrevendo coisas horríveis como o meu antigo post. Não gostei muito, e creio que ninguém gostou também.
Outra coisa bastante perceptível é o conflito que há, inconscientemente intencional, nos meus textos.
Algumas pessoas dizem que eu escrevo bem, outras dizem que posso melhorar, umas dizem que eu devia escolher um tema e debater, outras gostam do modo "tema livre" que eu sempre escrevo. Ás vezes fica confuso, então, para esclarecer de uma vez, vou falar do que eu gosto de fazer: de desenhar. É sério. Já gastei muitos neurônios para fazer histórias e histórias dos meus personagens favoritos (muitos feitos por mim mesmo). Não, não vou escrever toda a história aqui porque é uma daquelas sagas gigantescas, com muitas lutas, intrigas e coca-cola. Hum... Coca-Cola, I need it.
Bem... para finalizar, vou contar um "causo" que aconteceu comigo:
Um certo dia, minha mãe me acorda cedo, falando que iríamos no shopping comprar meu óculos (tava adiando isso a anos), e eu concordei (já tinha visto todos os episódios dos desenhos que passam de manhã na Globo). Quando cheguei lá, fui atendido por uma moça bonita, com um ar de inteligente e charmosa, foi quase paixão a primeira vista, se não fosse pelas fungadas que ela dava de vez em quando, era horrível. Sabe aquelas fungadas que são como uma limpeza "narigal" completa, ela fazia isso de 5 em 5 minutos, de qualquer forma, não é dela esse causo.
Depois d'eu escolher a armação e a lente, pedi para ela fazer os cálculos, bem, o resultado foi muito, mas muito além do esperado, tinha três dígitos, sendo que o primeiro dígito era um número primo, divisível por 7. Daí já dá para ter uma idéia de quanto eu iria pagar. Bem, depois que eu escutei o preço, um "não, não quero" saiu da minha boca quase que instantaneamente, infelizmente, minha mãe disse que iria levar. Putz... como a luxúria é foda, eu aqui, falando que não tenho grana para nada, me esbaldando em óculos de grife e super-lentes (anti-risco, anti-queda, anti-embasamento, anti-isso e anti-aquilo).
A moça disse que em 1 mês estariam prontas minhas lentes (ela enrolou falando que minhas lentes iriam ser produzidas em São Paulo, enquanto a armação iria vir de fora... sabe, enrolação mesmo). Uma semana depois ela liga falando que já estavam feitas e que era só ir buscar. Um mês depois, como prometido, lá estava eu, indo buscar meu novo óculos com uma super-armação e super-lentes antitudo, quando... não, não aconteceu nada demais, eu simplesmente peguei eles, coloquei no rosto, olhei para um espelho e me espantei com um cara feio me olhando, e sai da loja, o problema é que, quando dei um passo para fora do shopping, me atrapalhei e quase cai, mas meus super-óculos com lentes antitudo não teve a mesma sorte, ela caiu... e riscou.
Eu só fui perceber isso quando cheguei em casa. A preguiça era tanta que estou com ele assim até hoje.
Isso aconteceu no começo desse ano.
Viu como eu sei enrolar? Se você leu até aqui, putz....

Leonardo Lobo

PS - *Editado depois de muito tempo* --> Perdi meus óculos...