Tarde de Domingo. Conseguira sentir no rosto alguns, via o tempo escuro que se cofundia com a penumbra causada pelo por do sol; enquanto olhava para a moto preta, brilhante, intimidadora, a sua frente. Tentacao. Uma mao nas costas seguida de uma frase:
- Quer aprender ?
Um aceno e ja estara na garupa. Linda, pesadamente mortal e perigosa. Outras frase, enquanto olhava para os comandos. Aprendera. Uma outra mao na costa. Um chamado. Capacete. Esquecera o capacete. Ele apontou. Um limite, tinha um limite. "Vai e volta", disse.
"Olhe para ca". Uma luz. Uma foto. E acenou com a cabeca para proseguir.
Repetira os comandos. A maquina soltava ruidos estrondosos, bonitos quando misturado com a sensacao da adrelina correndo em nas veias.
Um suspiro. A mao tremendo. Medo.
"Foda-se", pensara. Estara ali para aprender, e nao para sentir medo. Uma sensacao nova. Acelerara. Seguido de uma infame tentativa de segurar a moto com os pes. Caiu. Arrastara por alguns metros. Parara. Sentia o ombro dolorido. Pedira ajuda para lenvantar. Tirou apressadamente o capacete. Olhara para a moto. A adrenalina, mais do que nunca, seguia pelo seu corpo, fazendo sua perna tremular. Rira da propria desgraca; quando sentira uma dor na mao. Olhou. Nao consiguira mover o dedo. Quebrado ? Nao, deslocado apenas. Olhara para o outro dedo. Mesma coisa. Deslocara dois dedos.
Merda.
10 segundos antes de cair