quarta-feira, abril 25, 2007

Frouxo

Seguir princípios. Que coisa ultrapassada, não? Alguém com isso não merece ter o livre arbítrio que Deus ou alguma entidade superior deu. Não! Não merece. Quem segue "princípios" está perdendo tempo, diversão e alguma coisinha a mais que todo mundo sente, mas ninguém sabe o que é...

Só sabe quem já sentiu.

Agora você pergunta: "Por que ultrapassado?"

Simples, pequeno gafanhoto: quem, em sua sã consciência, iria privar-se de alguma suposta diversão, somente em respeito do próximo? Calma lá, é lógico que isso abrange muitas coisas, mas e se essa suposta diversão se resumir a uma brincadeira entre quatro paredes? Isso muda a história. Claro que muda! Seria como usar o próximo apenas para divertimento, não ligando para os seus sentimentos. Entendeu? Pois eu não consigo ser assim.

Sempre segui meus princípios.

Sempre segui essa merda toda minha vida. E só levei porrada. Parece que hoje, na nossa atual sociedade, quem faz algo parecido é um frouxo. Uma pessoa de verdade é aquela que sai metendo onde for possível e com quem for possível. E ainda vira herói nacional por isso. Enquanto, nós, os desafortunados que sentem um certo remorso por "usar" alguém, se fodem.

É uma herança que ganhamos de nossos pais, avós e assim por diante.

Já aconteceu algo assim comigo. Não, eu não fui usado, mas tive a oportunidade de fazer isso. Só que o que "fudeu" toda a historia era que a garota era virgem. Comer e pular fora só iria pesar na minha cabeça, então eu disse a verdade para ela: "que não gostava dela e que não iria seguir com a relação em frente." E o que ela disse?

"Você é um frouxo."

E o pior, acho que ela tem razão. E se eu vou fazer algo parecido de novo? Tenha certeza disso. Se não fazer, minha auto-crítica irá me derrubar no chão e fazer da minha cabeça um pano de limpar mijo de cachorro. Por isso, rezo para que façam um remédio que apague minhas memórias, ou dar um "reset" nas minhas emoções, para que possa recomeçar do zero.

Por isso que virei publicitário. Melhor dizendo, vou virar. Vou ser anti-ético, vou colocar mensagem subliminar em tudo que é comercial...

"...e não vou pedir desculpa também não."

Leonardo Lobo

quinta-feira, março 15, 2007

Sonho²

Hoje eu sonhei uma coisa muito firme.

Uma pena que eu não me lembro.

quarta-feira, março 14, 2007

Anta-Social

Infelizmente, o autor do Blog "Scant. Just It.", Leonardo Lobo, abandonou este que seria seu "diário virtual" (termo bastante usado no começo da década de 00) e tentou ter uma vida. Mas como não conseguiu, voltou! 

E ae? Sentiram minha falta? Eu também! Eu também.

O quê? Se tenho muita coisa para contar?

Lógico que tenho novidades, caro leitor. Eu posso viver pouco, mas pelo menos esse pouco já o suficiente para um post novo. Com direito a rima e tudo mais.

Minha vida continua a mesma coisa. Vou toda tarde para a aula, volto de noitinha, fico no computador até tarde e acordo ao meio-dia. Isso não mudou muito. Mas o que mudou foi o lugar que eu assisto aula! Rá! Você não esperava por isso, né?

Estou fazendo publicidade. Comunicação Social: Publicidade e Propaganda para ser mais exato. E estou gostando. Claro que me pergunto se isso é realmente o que eu quero seguir na minha vida. E a resposta? Simples:

Não sei!

Sim, eu não sei se é o que quero. Como disse, estou gostando do curso, das matérias, das pessoas (sendo que agora não estou mais numa sala que era composta de 49 homens e uma mulher - sendo que acho que era, nunca tive coragem para perguntar). Ao meu ver, já é uma vitória. Pelo menos conheço gente nova. Diria até que algumas pessoas me chamaram atenção. Novos amigos à caminho? Quem sabe. Talvez até mais que isso.

Oh Noes, Leonardo Poligâmico.
 

What the fuck? Nem eu entendo o que eu escrevo as vezes.

Bem, voltando ao assunto: minha vida continua parada, mas agora está parada em outro lugar. Convenhamos, não sou um cara espontâneo, mas também não sou um completo anta-social. Sim, você leu corretamente, não sou uma anta quando relacionado a amigos. Eu era, estou mudando. Pelo menos tentando.

Quanto a minha vontade de escrever. Wellz, eu quero voltar a ter uma periodicidade aqui como tinha antes, então precisarei mudar, pela 10° vez, o template deste blog (que mentira, acho que é a 10° que somente falo que irei mudar, mas continuo na mesma).

Que seja, até o próximo e breve post.

Leonardo Lobo

PS - Vou começar a colocar trabalhos que fiz para meu curso aqui, para que pelo menos tenha alguma coisa para entretê-lo(s), caro leitor(es). 

Mensagem do dia: "Eu sou demente..."

quinta-feira, junho 15, 2006

Assunto a se tratar com uma garota

Pela primeira vez, em dois anos, passei de semestre (de SEMESTRE) na minha faculdade. É uma benção e uma maldição. Andei conversando com a minha mãe e cheguei a uma conclusão: o problema não é eu e sim meu curso. Minha faculdade é uma merda e meu forte não é matemática, apesar de estar fazendo um curso de Ciências Exatas. Apareceu a oportunidade de optar em trocar e ir fazer publicidade. Depois dessa rápida introdução, tenho algo a dizer sobre a ironia de toda essa história (sempre tem que ter uma): esse curso era o que eu queria fazer há dois anos atrás. Mas sabe por que não segui nessa idéia? Porque tive preguiça. Sim, preguiça. A minha universidade tem 3 campus: 2 aqui perto de casa (a alguns quarteirões) e uma longe pra cacete. Publicidade é na última. Dói, não? Não seguir seu sonho por puro medo de viajar grandes distâncias. Não. Eu não tenho medo de viajar grandes distâncias, simplesmente bateu preguiça. E preguiça é puro medo, no seu lado mais primitivo.

Pois bem, sem enrolar muito agora.

Conversei com minha mãe e contei como minha vida seria diferente se eu escolhesse seguir o meu instinto e não meu corpo. Talvez agora eu estaria com uma namorada, vivendo mais com meu pai (que faz um bom tempo que não vejo - ele mora perto desse campus), com uma vida menos monótona, e quiçá, mais saudável (estou gordo T_T).

Vamos por parte agora. Vou começar a entrar no assunto do tópico.

No último ano do ensino médio, eu amava uma garota com tanta paixão que até hoje uma pequena chama de saudade se acende quando penso em seu nome, em seu rosto, em seu olhar. Ô miserável destino, por que fostes tão cruel comigo? Ô miserável carne que cobre minha alma, por que parastes de se mover e a deixastes ir? Tenho uma alma forte em um corpo fraco, ou uma alma fraca que não sustenta um corpo tão forte. Minha mente já não suporta o tamanho fardo que é estar sem sua presença, ô algoz de meu espírito. Eu...

...

Opa, viajei.

Então. Eu poderia ter feito Publicidade, mas como disse, escolhi fazer Ciência da Computação por ser mais próximo da minha casa e por ser em uma área que eu tenho curiosidade em aprender. No dia do resultado, passei entre os 50 primeiros - fui o 49° - sem ao menos ter pegado no caderno no ano anterior (universidade particupar é foda). É uma alegria escutar o seu nome na rádio, meu Deus, como é bom. Finalmente você pensa que não é tão inútil o quanto lhe disseram que era. Que bom, finalmente tinha um futuro a seguir, até saber que ela passou, com louvor (foi a 48° de 50) no curso de Publicidade.

É sério. Que vontade deu de tentar trocar de curso. Que vontade deu de voltar no tempo, falar que a amava, trazê-la para minha casa e fazê-la mulher de uma vez. Mas, não!!!!!!!! Eu escolhi o curso errado, no campus errado, na cidade errada!!! - o campus fica em uma cidade vizinha de Belém.

Que merda!!!

Tinha tudo para conseguir alguma coisa com esta garota. Ela passava pelos mesmos problemas que eu, tínhamos tanto em comum. Até os mesmo defeitos: éramos tímidos, a ponto de negar nossa própria existência para não passar uma humilhante pergunta de "quer ficar comigo?". Bem, estou romantizando muito essa história. EU era quem estava afim dela, e não ela de mim - pelo menos é o que eu sempre achei. Descobri que ela tem alguns dos mesmos problemas que eu quando liguei para ela no dia do seu aniversário e a coitada disse que ninguém que não fosse da família tinha ligado, que ela tinha perdido da fé em todo mundo e blá, blá, blá... aquelas baboseiras que eu vivo falando por aqui. Era de noite, e ela tinha passado o dia chorando, T_T, e eu fui o único que havia ligado e dado os parabéns. Me diz, eu não sou uma boa pessoa? Eu me lembrei dela, poxa, o mínimo que eu poderia receber em troca era o seu amor eterno, mas não. Tive que me contentar com um "boa noite e tchau".

Voltamos agora para o momento que descobri que ela tinha ido para publicidade e eu para os quintos dos infernos da matemática - alguns meses depois a tal ligação. Estava tão anestesiado com a possibilidade de um "novo começo" que perdi contato com essa garota. Parei de infernizá-la, de ligar a cada 2 dias, de escutar sua voz em meus pensamentos e de vê-la nos mais eróticos dos meus sonhos. Sim, eu desisti de tentar. Como sempre faço. Desisti pelo fato de achar que estava começando a incomodar, de me tornar um "chiclete no sapato" ou "sai do meu pé, jacaré" (não encontrei frases melhores xD). Sabe, não consigo ver se o outro lado está afim de mim enquanto ela não pular em meus braços e me começar a me beijar - e olha que ainda fico com duvida. E com ela não foi diferente. Então sai de sua vida e tentei seguir a minha, até passar de semestre, dois anos depois, e aparecer a oportunidade de ir estudar no mesmo campus dela, de tentar comandar o meu destino. Meu corpo não sou EU. Tenho muito que mostrar mais ele é apenas uma barreira de carne com muitas barreiras psicológicas e físicas que atrapalham o meu crescimento - tanto mental quanto social.

E agora estou com medo. Medo que, em conjunto com minha preguiça, me deixa paralisado. E agora, o que eu faço ?

Isso é uma resposta que só minha psicóloga pode responder.

Sabe, está chato ficar falando só dos meus podres, do quanto sou ruim nisso e naquilo. Estou de saco cheio, mas, agora me responda, como posso falar de mim, de meus problemas, só colocando ênfase em minhas qualidades? Ver o copo meio vazio e não meio cheio? É impossível.

Wellz, agora acaba o post. Continuo o resto no próximo bimestre.

Leonardo Lobo

Ao som de: The Cure - Just Like Heaven

quinta-feira, março 23, 2006

Cinzas

Estava me sentindo sozinho naquele dia. Queria conversar, mas não tinha ninguém naquela casa, ninguém que poderia matar a minha vontade. Até que me lembrei de uma pessoa, a mesma que eu deixei a muito tempo trancada no porão. Se ela está viva ? Com certeza, ela se alimenta do que eu sinto e do que esqueço. Deixo com ela as roupas que não me vestem mais e as lembranças que não quero recordar. Está tudo lá. Ir ali seria sentir, recordar, voltar ao tempo que eu há tempos abandonei, mas ela era a única a continuar comigo. Não sei porque a deixei presa, entretanto, ela é ligada comigo de alguma forma, então não posso estar longe dela e ela não pode estar longe de mim. Como uma necessidade.

Desci com cautela a escada daquele porão úmido e escuro, com a mão no teto que quase atingia minha cabeça. No final dos degraus existia uma grade que só poderia ser aberto por fora, e a chave está guardada em um cofre à sete chaves. Cada chave está em um canto da casa, escondido, mas faz tanto tempo que não onde sei onde as deixei, porém a muito tempo estou procurando-as, já achei 6, não me lembro de onde deixei a última.

Sentei no último degrau e liguei a luz puxando um cordão que tinha em cima de mim. Metade de uma figura apareceu, sentada em um canto, escondida pela sombra que cobria a parte de cima de seu corpo. Percebi sua mãos brancas, esfoladas por algum motivo. Seus pés estavam atrofiados por falta de uso. Suas costas curvas, como a de um velho.

O espaço era pequeno para mim, mas não para ela, porém, o resto do porão estava cheio com todas as coisas que deixei. Coisas que eu não queria, coisas que ainda não suporto.

Não conseguia ver seu rosto que estava protegido pelas mãos e pela sombra.

O quarto exalava o cheiro de medo e eu podia sentir, me deixava tão enojado que me fazia hesitar em ficar.

Ficamos alguns minutos trocando olhares sem nada dizer.

Lágrimas desceram do meu rosto. “Sinto sua falta”, disse. Ele nada respondeu.

“Você não é o que eu quero ser hoje, não posso andar com você, nunca mais. Infelizmente o deixei há muito tempo e não há nada que eu possa fazer para mudar isso. Você é todas as coisas que eu não quero. Você está sujo por causa de tudo isso que deixei aqui. És uma parte da minha vida que não quero me lembrar, talvez pelo fato do que vai vir junto com você”, disse ainda chorando. “Você ainda não entendeu ? Eu não posso lhe soltar. Seria aceitar minha fraqueza. Sim! Você é minha fraqueza. Por sua causa, eu estou como estou. Por sua causa, pela sua ingenuidade, eu sou assim”.

“Desculpe”, escutei. Fiquei sem palavras. Estava-o fazendo de culpado sendo que ele é a vítima. Não, nós somos.

“Você sabe o quanto é difícil deixa-lo aí. Com você está tudo o que eu sempre quis fazer. Estão meus desejos e objetivos. Como uma pessoa pode viver dessa forma ? Um dia de cada vez”? Parei para tomar ar e continuei: “Você me ensinou que é mais fácil sobreviver do que ter metas, se lembra”?

“Sim, eu me lembro. Eu nunca quis lhe causar problema, Leo, nunca disse que você está errado ! Você tem motivo para me deixar aqui, mas compreenda, com tudo o que você me deixou, veio os seus sentimentos e sua raiva. Eu sou uma bomba que pode explodir perto de qualquer um. Tem dias que nem mesmo essa grade pode me segurar. Nem mesmo esse quarto. Você sabe muito bem o que eu estou lhe dizendo, não ? Naqueles dias que você não se agüenta, são os dias que eu jogo em você todo o peso que você me deixou, mas me sinto culpado por isso quando percebo meu erro”.

Foi nesse momento que me lembrei que não a deixei ali para isolá-la, eu a deixei ali para proteger as pessoas a minha volta, mas é muito doloroso para mim. Agora já sei o porquê de alguns dias nem conseguir andar.

“O fraco aqui não sou eu”, continuou, “é você. Eu sou forte, vivi tudo aquilo e sobrevivi. Fui eu que agüentei as humilhações, fui eu que agüentei as torturas, fui eu que agüentei a solidão. O que você vive hoje nada mais é do que uma alusão ao tempo que eu era você. Você sente falta de ser forte como eu fui e me martiriza por isso. Sim, você deixou sua força aqui há algum tempo e é por causa dela que essa grade não é nada “.

“Sinto falta de você”, retruquei.

“Eu sei. Você não se lembra, mas você se trancou e me deu uma das chaves. Leo, onde você está é o seu mundo, não o mundo real. Até você perceber que o que você vive não é vida, você ficará aí. Essa casa em que você está, Leo, não tem saída. A única saída é entrar neste quarto, mas não vou lhe dar a chave até você estar preparado para isso”.

Comecei a fraquejar, enquanto escutava, tudo o que eu deixei para trás veio a minha mente, meu Deus, como era desgastante. O pior de tudo, o medo que estava naquela sala não era dele, era meu. Eu tinha medo de visitá-lo, de deixar ele me controlar por alguns momentos.
Estava no meu limite.

Subi e voltei a viver minha ilusão, mas esqueci a luz acesa para que na próxima vez que voltar, eu possa ver as escadas.

Mas faltava ainda uma questão. Por quê eu me tranquei aqui dentro ?

Leonardo Lobo

sexta-feira, março 10, 2006

Nostalgia - Falando sobre este blog.

Por mais que eu tente ficar afastado desse blog, não consigo. Sinto falta de alguma coisa que eu sentia quando escrevia meus posts, cheios de conteudo moral e didatíco. Sim, aqueles de tanto tempo atrás. Já virou uma nostalgia para mim.

Porém, por mais que eu leia não consigo sentir conformado de que aquilo é a versão final. Sempre encontro algum erro, algum detalhe que poderia ser melhor explicado ou uma parte que poderia ser cortado. Já mudei tanto que alguns nem são parecidos com os originais. Estou me sentindo um verdadeiro George Lucas.

Me sinto maravilhado por ter escrito coisas que nem sabia que estavam dentro de mim, não sabia que tinha tal poder. Uma delas é o Sonhos. Aquele primeiro parágrafo, putz, deve ter sido escrito por uma entidade porque não consigo ser tão bom em meus trabalhos de faculdade.

"Você já parou para pensar nos seus sonhos? Você já parou para pensar se é realmente isso que você quer seguir na vida? Algo que sempre idealizou como um bom passo para o seu futuro, mas quando aparece, não tem o mesmo gosto, o mesmo prazer, e acaba em um impasse de escolher seguir o seu “sonho” ou a realidade?

Uma nova vida, pelo amor de Deus, uma nova vida está sendo-me entregue. Colocaram meus sonhos na palma da minha mão e eu, fazendo um esforço enorme, hesito porque já sinto saudades do meu lar, dos meus amigos, da minha família, do tempo em que passo escrevendo e me martirizando com reviravoltas, fazendo minhas grandes tempestades em pequenos copos d’água."

Gosto de saber que fiz isso do nada. Um a zero para mim contra eu mesmo.

A inspiração é um benção.

Os criativos conseguem tirar sua inspiração de qualquer lugar, eu por exemplo, tirava com meus conflitos emocionais, tem gente que tira de seus amigos ou até mesmo de novelas da Globo. Então, se você pensar chegará na mesma conclusão que eu: tudo já está dentro de nós, mas precisamos de um escape para conseguir colocar tudo para fora. Estranho, não? Tanto potencial preso por um uma barreira psicológica. Talvez com um treinamento conseguiremos retirar tal barreira, mas o que viria depois? Alguém com tanto poder poderia mudar o mundo apenas com as palavras, pois o céu é o limite (mas nao é para isso que estudamos?). Então por que o medo? Por que o medo de escrever? Por que o medo de desistir? Por que o medo de deixar de ser você e começar a pensar no outro?

Não, já estou começando desvirtualizar o assunto do post. Então é melhor parar por aqui. Continuo outro dia, se der.

Leonardo Lobo

Ao som de: Muse - Muscle Museum

domingo, janeiro 22, 2006

I see no reason to move on

Minha bicicleta teimou em não pegar hoje. Deve ser o frio, que merda de inverno.

sábado, novembro 12, 2005

"...uma ferida que está sempre sangrando."

Cada vez que olho para trás recordo o quanto deixei - e deixo -. o tempo passar por besteira. Do passado que tanto condeno e que agora sinto falta. Não consigo compreender o que é isso. Talvez esteja ficando velho demais e que o fato de querer viver tudo novamente - e tentar mudá-lo - seria bastante prazeroso.

Uma perda de tempo.

Sinto falta da época que estudava em colégios, de quando conhecia todos na minha sala e tinha certeza que todos sabiam o meu nome.

Não, não! Tudo isso é falta do que fazer mesmo. Muito tempo livre fazem as pessoas pensar. E como eu tenho TODO o tempo do mundo livre, essa é a única coisa que eu faço. E o foda é que em 90% do tempo está acontecendo uma auto-crítica interna. Estou lutando contra mim mesmo para que consiga tirar minha bunda dessa maldita cadeira e tentar fazer alguma coisa, nem que seja ir comprar pão na esquina. Não, não é vício do pc nem algo relacionado com pânico. Simplesmente voltei a fazer o que eu fazia a algum tempo atrás, voltei a lutar contra mim mesmo e estou perdendo essa batalha e a guerra...

...mas eu não desisto nunca (eu juro que mato quem criou isso).

Desistir da minha vida é uma coisa que nem chega perto da minha cabeça. Eu tenho força de vontade, só não tenho auto-estima para fazer as coisas. É muito díficil crescer enquanto todos lhe chamam de preguiçoso, irresponsável e ignorante. Eu acabei absorvendo tudo isso, um rótulo que descobri e venho lutando há pouco tempo atrás.

Pode ser a depressão que esteja voltando. Você sabe, um deslize. Eu não sou feito de ferro. Essas recaídas são fodas, acontece tudo o que eu li nos livros de psicologia que tenho aqui em casa. Culpa por coisas que não fiz, lamento por não estar fazendo algo útil, pensando que ninguém gostar de mim e sabendo que tudo isso é uma besteira.

É foda.

A minha vida está mudando pela 290423428409° vez e preciso contemplar essa mudança, me engajar em ser alguém e não ficar sentado esperando que algo aconteça - como já aconteceu.
Porém, existem motivos para eu ficar alegre, mas não vou detalhá-los. Infelizmente, isso é uma das coisas que gostaria de deixar comigo. Uma página em branco no meu diário.

O que é bom, meus amiguinhos virtuais, porque finalmente eu estou começando a aceitar que eu não posso agradar a todos. É meio estranho, mas sou assim. Me sinto mal quando alguem está mal. Eu me sinto péssimo quando deixo alguém mal, por mais que ela se esqueça dois minutos depois.

...

Sem post útil por hoje (como se todos os outros fossem úteis).

Leonardo Lobo

terça-feira, novembro 08, 2005

Agora sim está uma maravilha

Meus amigos, hoje é um dia que eu nunca esquecerei. O dia em que até nos momentos mais sofríveis da minha vida me lembrarei. Nunca irá ter algo que chegará aos pés do que aconteceu hoje.

Meu...

Meu computador...

... morreu.

Sim, meus caros, meu pc que eu comprei nos EUA está morto. Eu o matei por incompetência e falta de carinho. Neguei afeto e agora ele se foi. Meus amigos, meus irmãos, o que farei da minha vida? O que farei agora que não tenho nada para fazer? Arrumar um emprego, ter uma vida digna de um pós-adolescente? Não... eu não sei.

Foi praga de alguns, inveja de outros, uma conspiração contra minha pessoa.

É uma pena. Eu queria ser diferente, colocar um piercing e um brinco igual a todos, mas agora isso não parece ter sentido, já que gastarei toda minha grana, todo dinheiro que eu juntei numa sofrível época da minha vida, onde trabalhei feito condenado para comprar o meu computador. Meu super computador.

E agora vou ter que desembolsar o que restou do meu dinheiro. Sim.. por isso peço ajuda. O que eu faço: vivo ou volto a ser como era antes?

É uma difícil escolha, mas de nada vai mudar, pois sou assim e assim serei.

Desculpe sobre o novo template. Meu pc morreu.

Desculpe sobre novos posts, o meu pc morreu.

O bom disso tudo é que estou no meu antigo computador e achei minha pasta com texto não-publicados. Vou publicá-los assim que puder.

Leonardo Lobo

sexta-feira, outubro 28, 2005

O dia que descobri que tinha super poderes

Eu estava andando com meu colega pelas ruas da minha cidade, pensativo, distraído com os carros que passavam ou com as feições das pessoas. Me sentia mal, um mal estar estranho. Para passar o tempo e evitar vomitar de vez perguntei para o meu colega se ele conseguiria adivinhar o que tinha acontecido com as pessoas que vinham em nossa direção. Ele achou estranha minha idéia, mas concordou.

A nossa primeira vítima foi uma mulher que segurava sua bolsa contra o peito, andava rápido e tinha um rosto pálido, assustado. Devia ter mais ou menos 20 anos, era bonita, com um cabelo ruivo caindo sobre seu rosto suado. "Ela deve estar correndo de alguém, alguma coisa aconteceu há pouco tempo, e ela está segurando a bolsa como se fosse um escudo, tentando se proteger do que aconteceu ou do que irá acontecer", disse eu. "Não", replicou meu amigo, "ela devia ter sido uma colegial conturbada, era nerd e segurava a bolsa daquele jeito para se lembrar do tempo em que segurava o caderno da mesma forma".

Nós rimos, que pena que não podíamos ver quem tinha ganhado a suposição:ele ou eu. De qualquer forma, continuamos a andar, viramos a esquina e atravessamos a rua.

No momento seguinte, vimos um mendigo, sentado numa cadeira sem encosto, erguendo um copo de metal e sorrindo para cada pessoa que passava. Ninguém reparava, mas ele usava um paletó extremamente rasgado e sujo. "Ele deve ter sido um ricaço pelos trajes que está usando, provavelmente deve ter investido toda sua fortuna na época auge das empresas ".com" e perdido tudo em bancarrota. Perdeu a casa, carro, família, amigos e ficou sozinho. Deve ter fugido para cá com vergonha de ver sua família na rua e ter que tentar recomeçar do zero. Deu no que deu", falei. "Você não está completamente certo. Acho que ele era mesmo um magnata, mas fugiu no dia do seu casamento, porquê percebeu que aquela não era a vida que ele tanto desejava. Hipocrisia, corrupção, orgias e dinheiro - ele não nasceu para isso, então veio para cá, levando uma vida de mendigo, mas quando estiver de saco cheio, vai se levantar e ir para um banco mais próximo, resgatar toda sua grana. Por isso que ele não está nem aí, e continua sorrindo, como se a vida fosse bela". Assim era a hipótese do meu amigo.

"Talvez, talvez", eu disse, por dizer. Quando passamos pelo mendigo, ele estava resmugando algumas coisas, e acredite, eram em inglês. Meu amigo parou, por um momento, e olhou para ele, meteu a mão no bolso e tirou uma nota, colocando-a em seguida no copo do tal senhor. "Que Deus te abençoe” ouvimos, vendo um sorriso de um único dente. Meu amigo deu um sorriso de canto de rosto e virou-se de costas, até que ouvimos: "Cuidado, vocês não vão ter futuro quando chegarem ao seu destino. Muita coisa aconteceu e nem suas profecias poderão lhes salvar."

"Doido", concordamos e seguimos adiante. Minha náusea havia passado.

Chegamos onde queríamos: uma lan house. Percebemos um rapaz sentado na porta, com as palmas das mãos nos olhos. "Ele está chorando ?"perguntei. "Esse aí perdeu uma partida de Counter Strike e todo seu dinheiro, o mesmo dinheiro que ele pagaria a luz de sua casa, e agora está arrependido, porém não se pode fazer mais nada, só chorar", foi a resposta que ouvi. "Não", falei, "ele deve ser namorado daquela moça, do cabelo ruivo, e aquilo no rosto dela não era suor, era lágrimas". Pela segunda vez meu amigo concordou com o que eu disse, até que chegarmos perto do rapaz. Vimos uma arma ao seu lado. E ao olhar para nós, se levantou com ela em punho.

Num impulso tentei correr, mas tropecei em algo no meu lado, caindo no chão.

Tudo ficou escuro.

Acordei no meu quarto. Estava muito claro e tudo estava rodando, me sentia muito mal novamente. Fui ao banheiro, vomitei, peguei em seguida um remédio contra mal estar e tomei uns três(sim, eu tenho um desses no meu quarto). Sentei na frente do meu computador e vi que apenas o monitor estava desligado, liguei-o e percebi uma janela laranja piscando no canto inferior da tela. Era uma janela do MSN. Cliquei:


"BadWolf diz:
Estou indo para a lan house aí perto da tua casa, liguei para sua casa mas me falaram que você estava dormindo... flwz, a gente se encontra lá !"

Um déjà vu. Merda, odeio quando isso acontece. Ligo para o celular dele e atende um homem.

"Ei Bad, é você"?

"Bad ? Não meu senhor, eu não sou o dono desse celular, sou da polícia federal. Esse celular foi encontrado hoje de manhã na frente de uma Lan House aqui na rua do Distrito. Houve um homicídio, esse celular é da vítima".

...

Não foi a primeira vez que isso aconteceu comigo, mas foi nesse dia que descobri que tinha o poder da premonição, QUE TINHA SUPER PODERES. Desde então venha trabalhando no departamento X da Policia Federal e ganhado uma bolada com a loteria.